Presidente do Cuiabá chama título do Corinthians de ‘estelionato esportivo’; veja discussão no Bate-Pronto

  • Por Jovem Pan
  • 24/12/2025 14h54
Reprodução/Jovem Pan Mauro Cezar comenta a situação financeira do Corinthians no Bate-Pronto Mauro Cezar comenta a situação financeira do Corinthians no Bate-Pronto

A conquista da Copa do Brasil de 2025 pelo Corinthians trouxe, além do troféu, uma intensa polêmica de bastidores. O presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, disparou críticas pesadas contra a gestão do clube paulista, classificando o sucesso esportivo do Timão como um caso de “estelionato esportivo”. O tema foi o centro das discussões no programa Bate-Pronto, da Jovem Pan Esportes.

A indignação de Dresch fundamenta-se na dívida que o Corinthians mantém com o Cuiabá pela compra do volante Raniele. O clube mato-grossense alega que o Timão montou um elenco altamente competitivo — que resultou em títulos — sem quitar os compromissos financeiros com os clubes credores.

“O Corinthians montou um time competitivo sem pagar quem devia, utilizou esses atletas e foi campeão. Isso compromete a credibilidade das competições”, afirmou o dirigente. Atualmente, o Corinthians deve cerca de R$ 18 milhões ao Cuiabá, e a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF manteve um transfer ban (proibição de registrar novos jogadores) sobre o clube, condicionando a liberação a uma “mudança de postura”.

No programa, os comentaristas analisaram a gravidade das declarações e a situação financeira do Corinthians. Mauro Cezar Pereira foi enfático ao apoiar a lógica de Dresch. Para o jornalista, a prática de contratar e não pagar gera um desequilíbrio esportivo inaceitável. “O clube que pagou tudo direitinho é eliminado por um adversário que contratou jogadores que não deveria porque não pagou as dívidas. Está tudo errado”, pontuou. Mauro ainda sugeriu que a punição para gestões insolventes deveria ser o rebaixamento, para que o clube se reorganize antes de voltar a competir no topo.

Mauro Beting classificou a fala de Dresch como “irretocável” do ponto de vista administrativo. Ele destacou que, embora o mérito dos jogadores e da comissão técnica em campo seja real, a “caixa de Pandora” das contas do Corinthians — que beiram os R$ 3 bilhões em dívidas totais — mancha a gestão. Bruno Prado e Vitor Boni ressaltaram que o Corinthians vive sob constante ameaça de punições da Fifa e da CNRD. Além do caso Raniele, há uma dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna pelo zagueiro Félix Torres, além de atrasos com jogadores como Rodrigo Garro, Matías Rojas e Maycon.

A discussão levantada no Bate-Pronto aponta para a urgente necessidade de um Fair Play Financeiro rígido no Brasil.

  • Transfer Ban: O Corinthians segue impedido de registrar novos atletas até que prove a quitação de dívidas específicas.
  • Decisão da CNRD: O órgão exige uma “demonstração de mudança de postura”, indicando que o parcelamento sistemático seguido de novos atrasos não será mais tolerado.
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Enquanto o Corinthians celebra o título e a vaga na Libertadores, a pressão externa aumenta. Como resumiu Mauro Cezar, o sucesso imediato pode mascarar uma crise profunda: “O Corinthians pode ser o São Paulo de 2023: ganha uma Copa do Brasil e depois vive uma crise atrás da outra por conta de sua gestão”.

Assista à discussão

*Reportagem produzida com auxílio de IA