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Braço do partido na internet, a chamada “militância digital do PT” lançou nesta segunda-feira (29) uma cartilha para que influenciadores identificados com a ideologia de esquerda consigam fazer política na rede e se livrar dos processos judiciais. Segundo a legenda, o guia tem conselhos práticos para que os militantes possam fazer postagens sem enfrentar os tribunais, como evitar os termos “genocida” e “corrupto”.
De acordo com o partido, a publicação atende a uma demanda dos próprios criadores de conteúdo digital, que reuniram as dúvidas mais frequentes e contribuíram com suas experiências, incluindo relatos sobre processos judiciais que já enfrentaram.
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O guia segue um esquema de perguntas e respostas, como “posso chamar alguém de genocida?” e “apagar um conteúdo me livra de um processo?”, além de informações em formato de quiz sobre o que “pode e não pode”. A cartilha também esmiúça tipos penais, como calúnia e difamação.
“Termos como ‘fascista’, ‘genocida’ ou ‘corrupto’ podem representar riscos. Os dois últimos remetem a tipos penais/crimes. Se não houver, efetivamente, uma condenação judicial, você pode ser processado. Já o termo ‘fascista’ é mais opinativo, ligado a uma ideologia, mas também pode gerar ações judiciais”, diz um trecho do manual.
Um dos influenciadores que, segundo o PT, contribuiu para o material foi Henrique Lopes. Criador do perfil "Gina Indelicada", que acumula 12,5 milhões de seguidores no Instagram, o publicitário mineiro celebrou o lançamento da cartilha.
“O manual nasce para proteger a militância e qualificar a informação. É muito bom ver esse projeto saindo do forno por meio do Pode Espalhar”, disse Lopes, citado na página oficial do partido.
O “Pode Espalhar” é uma rede de influenciadores ligado à legenda e organizada por meio de grupos de Whatsapp que atua em momentos críticos para fazer pressão nas redes sociais em favor das pautas do partido. Recentemente esteve por trás das mobilizações nas redes sociais para pautas de interesse da esquerda no Congresso Nacional.
