O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse que a imigração em massa contribuiu para a alta dos preços da carne bovina no país (Foto: YURI GRIPAS/EFE/EPA)

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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse neste domingo (16) que um dos motivos para a alta do preço da carne bovina no país é que imigrantes da América do Sul levaram ao México gado com a mosca-da-bicheira, uma larva de mosca que parasita animais de sangue quente.

“O mercado de carne bovina é muito especializado e opera em ciclos longos. Esta é a tempestade perfeita, digo mais uma vez, algo que herdamos [da gestão Joe Biden]”, disse Bessent, em entrevista à Fox News.

“Além disso, devido à imigração em massa, uma doença que havíamos erradicado na América do Norte chegou da América do Sul, trazida por esses migrantes, que trouxeram parte do seu gado. Parte do problema é que tivemos que fechar a fronteira para a carne bovina mexicana por causa dessa doença chamada mosca-da-bicheira”, acrescentou o secretário, alegando que o gado mexicano foi contaminado, afetando o abastecimento aos EUA.

“Portanto, não vamos permitir que ela entre em nossa cadeia de suprimentos. E, novamente, não quero me concentrar em um único produto, [mas] é um produto muito importante. Estamos totalmente focados nessa questão”, disse Bessent.

Na sexta-feira (14), para aliviar os preços que pesam no bolso dos consumidores americanos, o presidente Donald Trump assinou uma medida que retirou as chamadas tarifas recíprocas sobre as importações de certos produtos agrícolas, como café, cacau e carne bovina.

Porém, importações que os EUA fazem desses produtos do Brasil estão sujeitos a 40% de taxa, já que apenas 10% foram aplicados como tarifas recíprocas e foram, portanto, agora retirados – o patamar restante foi imposto num decreto separado e segue vigente.

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