Jeannette Jara e José Antonio Kast exibem suas cédulas ao votarem em Santiago (Foto: Elvis González/Ailen Diaz/EFE)

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A esquerdista Jeannette Jara, candidata do presidente Gabriel Boric (que não pode tentar a reeleição porque a legislação local não permite mandatos presidenciais consecutivos), e o direitista José Antonio Kast falaram na noite deste domingo (16) sobre o segundo turno da eleição presidencial no Chile, que disputarão em 14 de dezembro.

Os dois foram os candidatos mais votados no primeiro turno, realizado hoje. Após a confirmação de que está no segundo turno, Jara disse que o Chile é um país “com muito futuro e muita esperança”.

“A democracia deve ser protegida e valorizada. Sofremos muito para recuperá-la para que hoje seja colocada em risco”, disse Jara, numa alfinetada em Kast, cujo irmão foi ministro do ditador Augusto Pinochet (1973-1990).

Já Kast disse que é hora de “uma mudança real” e de “reconstruir a pátria”. “Precisamos de união para avançar em segurança, habitação, educação e todas as questões que foram gravemente afetadas pelas políticas ruins deste governo [Boric]”, afirmou.

Em entrevista coletiva, Boric parabenizou Jara e Kast. “Confio que o diálogo, o respeito e o amor pelo Chile prevalecerão sobre quaisquer diferenças. O Chile sempre se constrói de governo a governo, de geração a geração”, declarou o atual presidente.

Jara terá um grande desafio no segundo turno, já que os outros candidatos de direita da eleição presidencial, derrotados neste domingo, devem apoiar Kast.

O libertário Johannes Kaiser, que foi o quarto colocado no primeiro turno, já se manifestou nesse sentido.

“Reconhecemos, com o devido respeito, a vitória de José Antonio Kast, que acaba de avançar para o próximo turno. Cumprimos nossos compromissos, como Partido Nacional Libertário, somos um partido de palavra e o apoiaremos no segundo turno”, disse Kaiser em entrevista coletiva, de acordo com informações da CNN Chile.

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