
Ouça este conteúdo
A “imprensa” que transformou Alexandre de Moraes na “muralha em defesa da democracia”, num super-herói, de repente resolveu, ela própria, se transformar, mas não se endireitar... Nos últimos sete anos, esses “jornalistas” endossaram todas as ilegalidades, todos os arbítrios e abusos praticados pelo ministro. Fingiram que a democracia podia ser salva por medidas tirânicas. Permitiram criminosamente que ministros do STF, especialmente Moraes, ignorassem, interpretassem de maneira muito própria ou mesmo inventassem leis. Estava tudo bem. Jair Bolsonaro era o “ditador”, o “fascista”, o “nazista”, o “genocida” que precisava ser parado. Contra ele valia tudo.
A perseguição a Bolsonaro, seus aliados e apoiadores foi implacável. E a “imprensa” abandonou as perguntas, o debate, abandonou os fatos, a busca da verdade. Ela e o STF tinham um inimigo em comum e muito entrosamento nas mais estapafúrdias narrativas para tentar destruí-lo. Foram os jornalistas cafajestes que formaram uma estrutura de suporte fundamental para que o Brasil e os brasileiros fossem feitos reféns dos interesses mais repugnantes, mais abjetos. Se o STF rasgou a Constituição, a imprensa aplaudiu. Mais do que isso, achou que devia também destruí-la, picotá-la, em vez de cumprir seu papel, em vez de contar as histórias mais relevantes da melhor maneira, com base no que deve conduzir qualquer pessoa, qualquer profissional: a honestidade.
Se o STF rasgou a Constituição, a imprensa aplaudiu
Tantos e tantos crimes foram aceitos como redentores, nessa instrumentalização de tudo, mas o primeiro ato dos jornalistas canastrões chegou ao fim. Então, eles passaram a defender uma “autocontenção” do Supremo. Nesse segundo ato, os canalhas reconheceram os absurdos que foram praticados pelos ministros contra um grupo político, mas, ainda assim, continuaram aceitando todos eles. Como se fosse possível e perfeitamente compreensível agir criminosamente eventualmente, desde que movido por uma “boa causa”. O pedido foi resumido ao seguinte: “Agora que Bolsonaro foi derrotado, vamos voltar a cumprir as leis”.
O escândalo envolvendo o fraudulento Banco Master e o escritório de advocacia da família Moraes marca o terceiro ato macabro da imprensa que desistiu de ser imprensa... A letra fria das leis não foi capaz de nortear os “jornalistas” contra a tirania suprema. E agora muitos deles, de vários veículos, enxergam ilegalidades e imoralidades na atuação de Alexandre de Moraes em defesa do banco de Daniel Vorcaro, que mantinha suspeitíssimo contrato de R$ 129 milhões com o escritório chefiado por sua mulher e seus filhos... Que joguinho a “imprensa” está fazendo agora? O dinheiro que recebe do governo federal está servindo para que se crie uma “cortina de fumaça” para as suspeitas de envolvimento do filho de Lula com as fraudes no INSS? O objetivo é abrir vaga no Supremo para abrigar Rodrigo Pacheco, e não apenas o já indicado Jorge Messias? Derrubar Moraes faz parte do acordo com o governo Trump?
Os “jornalistas” que resolveram, enfim, cobrar explicações de Moraes e sempre fecharam os olhos para a perseguição e censura a colegas, a veículos de imprensa reclamam que estão sendo “atacados”... Juram que estão “cumprindo seu papel, que é fiscalizar todo mundo que tem posição de poder, que usa recurso público”. Agora, só agora... De repente, não mais do que de repente... E defendem a adoção de um código de conduta do Supremo, de “elementos basilares em termos de comportamento”... Como assim? A Constituição não é mais respeitada, e a solução é um código de conduta? Não, quem só agora está no encalço de Moraes não está sendo atacado, nem criticado. Essa é mesmo uma imprensa cretina, prostituta e vendida, uma imprensa que não é imprensa.
