
Ouça este conteúdo
Vivemos dias sombrios na República. Filipe Martins está preso — e silenciado. Jair Bolsonaro está preso — e silenciado. E o que vemos? Uma nação que se acostuma, a cada semana, com novos passos de um projeto pessoal de poder. Um projeto que tem nome e endereço: Alexandre de Moraes.
O Brasil assiste, quase imóvel, à ascensão de um arbítrio que avança por dentro das instituições e se sustenta, sobretudo, pelo silêncio — o silêncio dos que deveriam proteger o povo. Partes expressivas do STF calam. A OAB, outrora bastião da cidadania, cala. A Associação Brasileira de Imprensa, que deveria defender a liberdade, cala. CNBB, entidades de classe, Rede Globo, a grande mídia — todos calam ou, pior, aplaudem.
A imprensa e o pacto com o medo
O Estadão vive seu drama de Dr. Jekyll e Mr. Hyde: num dia, reconhece os abusos explícitos do Supremo; no dia seguinte, recua, dobra-se e declara que nenhuma medida de contenção é necessária — nem mesmo o impeachment, instrumento constitucional criado justamente para momentos como este. A Folha de S. Paulo segue pela mesma trilha. Ambas renunciaram ao dever mais elementar da imprensa: chamar o poder à responsabilidade.
O mercado e a ilusão da normalidade
Enquanto isso, o mercado financeiro prefere fingir que nada está acontecendo. Grandes players evitam mencionar o nome de Alexandre de Moraes, como se o silêncio fosse uma espécie de salvo-conduto. Sorriem nas fotos, apertam mãos e acreditam sinceramente que, ao simular normalidade, serão poupados quando o regime de exceção finalmente lhes bater à porta. Mas a história é clara: nenhum regime de arbítrio poupa seus silenciosos.
A verdade que não pode ser enterrada
O mal teme a luz — e é por isso que tantos trabalham para distorcê-la. Perseguição jurídica virou “excesso”. Ilegalidade virou “interpretação extensiva”. Abuso de poder virou “defesa da democracia”. Não. É hora de restituir a verdade às palavras.
Alexandre de Moraes não comete excessos — comete ilegalidades. Ele não protege a democracia — ele a deforma, a subjuga, a utiliza como biombo para abusos cada vez mais ousados.
A encruzilhada do Brasil
Chegou o momento de sermos dignos da história desta nação. Ou os líderes do país chamam as coisas pelo nome e se inicia um processo de impeachment contra Alexandre de Moraes — além da imediata extinção dos inquéritos sigilosos e inconstitucionais que tramitam sob sua caneta — ou o Brasil continuará marchando, em silêncio, rumo a um regime no qual nenhum cidadão está seguro.
Da minha parte, sou claro: não apoiarei, em 2026, nenhum candidato que se esconda. Seja deputado, senador, governador ou presidente — não terá o meu voto quem se calar diante do abuso. Entre defender Alexandre de Moraes e defender o Brasil, a escolha é simples. Não há neutralidade possível; a neutralidade, neste momento, é covardia.
O dever de quem ama sua pátria
O silêncio não protegerá ninguém. O silêncio não deterá a injustiça. O silêncio não salvará esta nação. Ou defendemos nosso povo e nossa pátria agora — com coragem, com verdade e com honra — ou restará apenas fugir, enquanto ainda há tempo.
O Brasil não merece o medo
O Brasil merece a liberdade. E a liberdade exige voz. Exige coragem. Exige luta.
