Cama e banheiro privativo; Bolsonaro deve ficar preso em "Sala de Estado". (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), preso preventivamente na manhã deste sábado (22), deve ser mantido em um espaço reservado a autoridades e altas figuras públicas, chamado de "sala de Estado".

De acordo com a TV Globo, o local, na superintendência da Polícia Federal, em Brasília, conta com uma sala com mesa, cadeira, cama de solteiro, um banheiro privativo, ar-condicionado, janela, armário e um frigobar.

Brasília (DF), 22/11/2025 - Movimentação na Polícia Federal após a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

Tanto o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto o ex-mandatário Michel Temer, quando presos, também ficaram em salas de Estado da Polícia Federal (PF) — em Curitiba (PR) e São Paulo, respectivamente.

Prisão

Preso preventivamente pela PF por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), Bolsonaro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília por volta das 6h35.

Não se trata do início do cumprimento da pena por golpe de Estado. O motivo alegado para a prisão foi a "garantia da ordem pública" devido à organização de uma vigília convocada para ocorrer nas proximidades do condomínio em que Bolsonaro mora.

Segundo Moraes, o Centro de Integração de Monitoração Integrado do Distrito Federal comunicou ao Supremo uma suposta tentativa de violação da tornozeleira eletrônica às 0H08 deste sábado.

Para o ministro, haveria intenção de romper o equipamento para “garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”.

Ele sugere que Bolsonaro tentaria se refugiar na embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de 13 quilômetros do condomínio de Bolsonaro, a uma distância de 15 minutos de carro.

“No caso de Jair Messias Bolsonaro, a sua recente condenação nos autos da AP 2.668/DF e a proximidade do trânsito em julgado do acórdão condenatório, bem como as novas informações trazidas aos autos no sentido da convocação de apoiadores para uma ‘vigília’ no condomínio residencial do réu, indicam alta possibilidade de tentativa de fuga, o que, nos termos da pacífica jurisprudência desta Suprema Corte, autoriza a decretação da prisão preventiva”, afirmou o ministro.

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