O ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, cumprimenta Putin em encontro no Quirguistão, em novembro (Foto: ALEXEI NIKOLSKY/SPUTNIK/KREMLIN/EFE/EPA)

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O ditador de Belarus, Alexander Lukashenko, voltou a oferecer asilo político para o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, mas disse que não acredita que o líder chavista deixará o poder.

Lukashenko falou sobre a situação na Venezuela em entrevista à emissora americana Newsmax.

“Maduro nunca foi um inimigo ou um adversário para nós. Se ele quisesse vir a Belarus, as portas estariam abertas para ele”, disse o líder bielorrusso, aliado do ditador da Rússia, Vladimir Putin (este, aliado de Maduro).

“Mas, para ser honesto, isso nunca foi discutido. Maduro não é o tipo de pessoa que vai embora ou foge. Ele é um cara durão”, justificou Lukashenko.

Desde o final de agosto, o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, enviou embarcações militares, inclusive o maior porta-aviões do mundo, e caças para o Mar do Caribe, perto da Venezuela, e ao Oceano Pacífico, próximo da Colômbia, para uma operação que por ora resultou em 25 ataques a 26 embarcações que alegou terem ligações com o narcotráfico. Ao menos 95 pessoas foram mortas nestas ações.

O regime chavista considera que essa operação tem o objetivo de tirar Maduro do poder. Nas últimas semanas, Trump tem afirmado que essa ação será ampliada e incluirá ataques por terra na Venezuela. Em entrevista ao site Politico na semana passada, o presidente americano disse que Maduro está com os dias “contados”.

Lukashenko disse à Newsmax que uma operação por terra na Venezuela poderia representar “um segundo Vietnã” para os Estados Unidos.

“Vocês precisam disso? Não. Portanto, não há necessidade de travar uma guerra. Vocês podem chegar a um acordo”, afirmou o ditador de Belarus.

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