Em meio a racha da direita em SC, Carol de Toni manifesta apoio a Bolsonaro

Alinhada ao núcleo bolsonarista, deputada reage à prisão do ex-presidente e reforça críticas ao Supremo

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2025 19h13
Bruno Spada/Câmara dos Deputados Caroline de Toni Carol de Toni é deputada federal pelo PL e deve disputar o Senado em Santa Catarina em 2026

A deputada federal Carol de Toni (PL-SC) reagiu à prisão preventiva de Jair Bolsonaro, decretada neste sábado (22) pelo ministro Alexandre de Moraes. Em publicação no X, a parlamentar classificou a medida como “perseguição política” e afirmou que uma vigília convocada por aliados foi “transformada em narrativa” de tentativa de fuga sem provas.

“A prisão de Bolsonaro é uma ofensiva política contra o maior líder da direita brasileira”, escreveu. Para Carol, Moraes poderia ter apenas reforçado a segurança ao redor da residência do ex-presidente, em vez de interpretar a mobilização como risco de fuga. “Não é justiça. É perseguição política”, afirmou.

A manifestação ocorre em meio a um ambiente interno turbulento no PL de Santa Catarina. Nos últimos meses, a deputada vem sendo pressionada pela disputa interna no partido desde que Carlos Bolsonaro anunciou sua intenção de concorrer ao Senado por Santa Catarina. A movimentação provocou ruídos com o governador Jorginho Mello e colocou em dúvida o espaço de Carol na direita catarinense para 2026. Apesar do racha, Carlos afirmou que continuará apoiando a parlamentar — independentemente de sua permanência no PL.

O vereador pelo Rio de Janeiro afirma que existe um acordo firmado entre Jorginho e Jair Bolsonaro: cada um escolheria um nome para a disputa ao Senado. Carlos seria o indicado pelo ex-presidente, e Carol, a escolha do governador. Nos bastidores, porém, Jorginho vem articulando apoio à reeleição do senador Esperidião Amin (PP-SC), como estratégia para ampliar alianças para sua própria campanha de 2026. A costura tiraria Carol da chapa majoritária e a deixaria sem espaço dentro do PL.

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Diante desses impasses, o gesto deste sábado reforça o esforço de Carol para manter sua identidade política ligada ao bolsonarismo e um póssível alinhamento com Carlos Bolsonaro. Em meio às incertezas eleitorais no estado, ela mantém fidelidade irrestrita ao ex-presidente, repetindo críticas ao STF e adotando a mesma leitura de perseguição política que mobiliza a base bolsonarista.

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