Empate decepcionante com a Tunísia volta a gerar desconfianças na seleção

CBF fecha detalhes de amistosos com europeus antes da Copa

  • Por Thiago Uberreich
  • 19/11/2025 08h41
Rafael Ribeiro/CBF Brasil x Tunísia Ferjani Sassi, da Tunísia, tenta desarmar o brasileiro Bruno Guimarães durante amistoso disputado em Lille, na França

Depois da vitória da seleção no amistoso contra o Senegal, 2 a 0, no último sábado (15), a imprensa nacional e internacional exagerou nas manchetes. O As, da Espanha, foi o mais ufanista ao dizer que o técnico Carlo Ancelotti “despertou um monstro”. Outra publicação destacou que a equipe tinha apresentado um futebol de gala no primeiro tempo diante dos africanos. 

Bastou um novo jogo, desta vez decepcionante, para tudo cair por terra. O empate por 1 a 1, com direito a pênalti desperdiçado por Paquetá, deu a impressão de que tudo que se avançou com o técnico italiano caiu por terra. Entretanto, é preciso dizer que o momento não é nem de céu e nem de inferno. Apesar do bom desempenho de Estevão na partida de ontem (18), a Tunísia, ao contrário de Senegal, não deu espaço aos atacantes brasileiros e apostou tudo na retranca. 

O futebol moderno não depende mais apenas de valores individuais. É necessário alternar os lances isolados de destaque com o conjunto, saber voltar e marcar, quando o ataque perde a bola ou desperdiça uma jogada. 

O caminho até a Copa do ano que vem se afunila. A CBF quer agora testes com europeus, algozes do Brasil nos últimos cinco mundiais. Provavelmente, a equipe de Ancelotti vai encarar a França e a Croácia, em jogos nos Estados Unidos. As duas seleções já estão garantidas na Copa. 

Depois da partida de ontem, a última do ano, o técnico da equipe nacional foi questionado porque Paquetá bateu o segundo pênalti, e não Estevão, autor do gol brasileiro, ao converter uma penalidade: “Paquetá era o batedor do pênalti. No segundo pênalti, eu mudei porque pensei em tirar um pouco da pressão no Estêvão, coloquei o Paquetá, que costuma bater muito bem. Sobre a lista definitiva para o Mundial, ele respondeu: “A lista está bastante completa. Faltam dois amistosos, mas faltam seis meses, em que tudo pode acontecer. O calendário é muito exigente, o risco de lesão é muito alto. O time, o ambiente, estão no caminho certo para chegar ao nível máximo na Copa do Mundo”.

Que o futebol, a religião e a polenta, como diz Ancelotti, possam unir o Brasil em 2026. 

BRASIL 1×1 TUNÍSIA – 18.11.2025 – Lille (França)

Brasil: Bento; Wesley (Danilo), Marquinhos, Éder Militão (Fabrício Bruno) e Caio Henrique; Casemiro (Fabinho) e Bruno Guimarães (Lucas Paquetá); Estêvão, Matheus Cunha (Vitor Roque), Vini Jr. e Rodrygo (Luiz Henrique).
Tunísia: Dahmen; Valery, Meriah, Talbi, Bronn e Abdi (Ben Ouanes); Sassi, Skhiri e Hannibal (Chaouat); Saad (Achouri) e Mastouri (Gharbi).
Árbitro: Jérome Brisard (FRA)
Local: Decathlon Stadium, em Lille (FRA)
Gols:  Mastouri (23) e Estêvão (44) no primeiro tempo

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.