Homem discursa contra Bolsonaro em vigília e é agredido por apoiadores do ex-presidente

Ismael Lopes disse que o ex-líder brasileiro deveria pagar por ter aberto 700 mil covas durante a pandemia de covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2025 22h55
Sergio Lima / AFP BRAZIL-POLITICS-JUSTICE-TRIAL-COUP-PRISON A vigília foi citada na decisão do ministro Alexandre de Moraes

Um homem foi agredido durante a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava em prisão domiciliar, na noite deste sábado (22).

Identificado como Ismael Lopes e evangélico, o homem pediu para discursar e foi autorizado pelo filho de Bolsonaro. Com o microfone em mãos e ao lado de Flávio Bolsonaro, ele disse que o ex-presidente deveria pagar por ter aberto 700 mil covas durante a pandemia de covid-19.

“Temos orado para que aqueles que abrem covas caiam nelas. Não mortos, porque não é isso que a gente deseja. A gente quer que sejam julgados e condenados pelo mal que fizeram. Como o seu pai, que abriu 700 mil covas durante a pandemia. Que seja julgado com o devido processo legal, tenha seu direito defesa, mas seja condenado e responda pelo crime que cometeu, assim como todos os aliados que compuseram essa horda de mal”, afirmou.

Flávio Bolsonaro fez sinal para que os apoiadores não avançassem sobre o homem, mas ele teve o microfone tomado e foi empurrado para fora da aglomeração bolsonarista. Enquanto era afastado, recebeu pontapés.

A vigília foi citada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. Convocada na sexta-feira (21), o ato teria caráter religioso e serviria para reunir orações pela saúde de Bolsonaro e pela democracia, segundo Flávio.

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Para Moraes, entretanto, o ato tinha por objetivo dificultar a fiscalização das medidas cautelares impostas e da prisão domiciliar de Bolsonaro.

*Com informações do Estadão Conteúdo

Publicado por Nátaly Tenório