Ibovespa supera 155 mil e chega ao 11º recorde seguido; dólar cai a R$ 5,30

Na B3, a abertura de semana contou com bom desempenho de carros-chefes, como Vale (ON +0,66%) e Petrobras (ON +0,88%, PN +0,56%)

  • Por Jovem Pan
  • 10/11/2025 21h27
Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo Ibovespa Ibovespa seguiu a marcha das máximas históricas, obtendo o 11º fechamento em nível recorde consecutivo, agora aos 155 mil pontos

Nesta segunda-feira (10) na mesma direção de ganhos de até 2,27% em Nova York (Nasdaq), que vinha sofrendo a pressão em torno da suspeita de bolha no setor de tecnologia – em especial na IA -, o Ibovespa seguiu a marcha das máximas históricas, obtendo o 11º fechamento em nível recorde consecutivo, agora aos 155 mil pontos. Foi também o 14º avanço seguido para o índice da B3, perto de igualar a marca de 15 altas em série observada há mais de 31 anos, entre maio e junho de 1994, durante a implementação do Plano Real.

A expectativa de que se esteja perto de uma solução para o shutdown – como é conhecida a suspensão temporária e parcial de atividades do governo federal dos EUA em razão da falta de aprovação do orçamento, o que envolve inclusive a suspensão do pagamento de servidores públicos – deu apoio ao apetite por risco desde o exterior nesta segunda, com reflexos positivos por aqui.

Na B3, a abertura de semana contou com bom desempenho de carros-chefes, como Vale (ON +0,66%) e Petrobras (ON +0,88%, PN +0,56%). Entre as maiores instituições financeiras, exceção apenas para Banco do Brasil, com a ON em baixa de 0,48% no fechamento – destaque para Bradesco (ON +1,56%, PN +1,87%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, Lojas Renner (+3,94%), Raízen (+3,57%) e Magazine Luiza (+3,44%). No campo contrário, Azzas (-2,05%), Suzano (-1,93%) e Usiminas (-1,82%).

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O dólar emendou nesta abertura da semana o quarto pregão consecutivo de queda e flertou com o rompimento do piso de R$ 5,30. Divisas emergentes avançaram com o apetite ao risco no exterior diante da perspectiva de fim da paralisação (shutdown) da máquina pública nos Estados Unidos, após entendimento político no Senado americano. O real apresentou nesta segunda ganhos inferiores a pares como os pesos chileno e colombiano, além do rand sul-africano. Operadores lembram que há certa cautela quando a taxa de câmbio se aproxima de R$ 5,30, nível técnico que, se rompido, poderia abrir espaço para uma rodada ainda mais forte de apreciação da moeda brasileira.

Com mínima de R$ 5,3043, o dólar à vista encerrou a sessão desta segunda, em baixa de 0,53%, a R$ 5,3073 – menor valor de fechamento desde 23 de setembro (R$ 5,2791). A moeda americana já acumula baixa de 1,36% em relação ao real nos primeiros seis primeiros pregões de novembro, após avanço de 1,08% em outubro. No ano, as perdas são de 14,12%.

*Com informações do Estadão Conteúdo