Lula deixa exportadores brasileiros de lado para apoiar Maduro
Alexandre Garcia comenta sobre o apoio de Lula a Maduro, a investigação contra a JBS e o protesto de um acusado pelo 8/1 no Gilmarpalooza. (Foto: EFE/André Coelho)

Lula saiu da COP 30 e foi para a cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Santa Marta, na Colômbia. De um lado e de outro eventos esvaziados. Tinham poucos presidentes da República na Celac. Os presidentes do Uruguai e do Chile não foram. O do Paraguai também não, porque participou da posse do presidente da Bolívia.

A presidente mexicana, que é de esquerda, tampouco esteve presente. Foi uma reunião para defender o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. Lula se queixou da ação americana no Caribe, dizendo se tratar de uma intervenção militar. A operação é, na verdade, para evitar que a droga chegue nos Estados Unidos. O que acontece com isso?

Lula briga com os Estados e os pobres dos exportadores brasileiros, como disse o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, vão ficar meses na espera por uma resolução para o tarifaço. Parece que Lula não se importa muito. Ele quer fazer política, estar no palanque.

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E deve estar no palanque errado, porque defende — de novo, ele é coerente — a droga. Se os Estados Unidos combatem a droga, Lula defende, como defendeu ao chamar a megaoperação da polícia do Rio de Janeiro de “desastrada” e de “matança”. A maciça maioria da população, 87% dos moradores do morro, aprovaram a ação.

Enquanto isso, cada vez mais se restringe a exportação brasileira. No primeiro mês com tarifas em vigor, que foram só 15 dias de agosto, a queda foi de 18%. No segundo mês, em setembro, a redução foi de 20%. Agora, a queda nas exportações é de 38%. É uma perda muito grande e significa que impacta empregos e empresas brasileiras que vivem de exportar para os Estados Unidos.

Amigos de Lula no alvo do Departamento de Justiça dos EUA

Já os amiguinhos de Lula, o pessoal da JBS, empresa dos irmãos Joesley e Wesley Batista, estão sendo investigados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Quatro grandes frigoríficos são acusados de cartel, uma vez que o rancheiro americano, criador de gado, está ganhando menos pela carne vermelha enquanto o preço sobe no supermercado.

Os irmão Batista são apoiadores de Lula, inclusive, foram até ele e disseram que poderiam levar recados ao presidente americano. Trump cumprimentou, mas pediu para o Departamento de Estado verificar.

Juiz não tem que se meter na política

Um juiz de Brasília mandou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) remover uma publicação do X, na qual afirmava que PT significa “Partido dos Traficantes”. O artigo 53, da Constituição, estabelece que deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

O juiz da Vara Cível não é constituinte, mas disse que a inviolabilidade só vale no âmbito da Câmara dos Deputados. Não é o que está escrito na Constituição. A inviolabilidade é absoluta, no universo. Urbi et orbi.

O editorial do Estadão, deste domingo (9), destaca que um juiz não tem que se meter na luta política: “Democracia implica confronto de discursos, ainda que sejam ásperos, exagerados, injustos ou mesmo mentirosos. A Justiça não tem o papel de policiar o discurso de deputados eleitos pelo voto popular, muito menos de higienizar o debate público”.

Gilmarpalooza: Refugiado interrompe evento de Gilmar Mendes na Argentina

Um refugiado brasileiro interrompeu um evento de Gilmar Mendes, em Buenos Aires, para dizer que está sendo acusado injustamente por Alexandre de Moraes. O homem será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) entre os dias 14 e 25 de novembro pelos atos de 8 de janeiro de 2023.

Ele é acusado por suposto uso de substância inflamável; deterioração de patrimônio tombado; dano qualificado pela violência e grave ameaça; tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado. Durante o protesto, o homem relatou que não entrou em prédios públicos e que está sendo acusado sem provas, assim como outros. O auditório ouviu em silêncio.

Quando a equipe de segurança se aproximou, ele disse que não faria mal a ninguém e que só queria dizer que está longe dos filhos há três anos por causa dessa perseguição. O homem saiu do evento e foi embora. Gilmar não respondeu, passou a palavra para a pessoa seguinte, que era o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual.

O evento é promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), instituição fundada pelo ministro. O evento não foi nos Estados Unidos, porque Gilmar já não tem mais o visto. Agora, ele vai correr o risco de ter pessoas que fugiram para Portugal, Espanha, Estados Unidos, protesto em seus eventos.

No dia 8 de janeiro de 2023, elas fizeram uma manifestação que é permitida pela Constituição, não estavam armadas. Os que praticaram dano ao patrimônio público têm que pagar, mas devem ser identificados e tem que haver prova de que eles fizeram o dano.

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