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A Universidade de Berkeley, na Califórnia, foi palco de protestos e confrontos violentos na véspera de um encontro organizado pelo Turning Point, movimento fundado pelo ativista conservador Charlie Kirk, morto a tiros em setembro enquanto discursava em outro evento universitário.
A imprensa americana noticiou que pelo menos quatro pessoas foram presas. De acordo com a NBC, duas delas se envolveram em uma briga sangrenta nas proximidades do campus. O confronto teria começado depois que um manifestante supostamente jogou no chão alguns produtos que um apoiador de Kirk estava vendendo antes do evento.
Alguns ativistas da esquerda tentaram interromper a programação conservadora com megafones e cartazes. Segundo eles, aquela era uma demonstração de que os estudantes da universidade não concordavam com a presença do Turning Point no local.
Após o evento, manifestantes cercaram as saídas do campus, hostilizaram participantes do evento e atacaram verbalmente o movimento que se propõe a defender valores conservadores e de liberdade, segundo a imprensa local.
"Ei, ei, ei, ei. O Turning Point tem que acabar", gritaram alguns manifestantes durante o protesto, segundo o Los Angeles Times.
O Departamento de Justiça anunciou nesta terça-feira (11) que investigará a segurança no campus de Berkeley, conhecido como um bastião progressista, após os atos violentos registrados no dia anterior.
Harmeet K. Dhillon, procuradora-geral adjunta para os Direitos Civis do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, ligou o movimento Antifa, considerado pelo presidente Donald Trump uma organização terrorista desde setembro, ao episódio. “Vejo vários problemas preocupantes em relação à segurança no campus e nas comunidades locais, bem como à capacidade do movimento Antifa de operar impunemente na Califórnia”, disse no X.
O evento do Turning Point reuniu algumas centenas de pessoas em frente ao Zellerbach Hall da Universidade de Berkeley, na famosa Sproul Plaza do campus, conhecida pelo histórico movimento pela liberdade de expressão nos campi universitários da década de 1960. Esse foi o primeiro evento do grupo após a morte de Charlie Kirk.
O porta-voz do Turning Point, Andrew Kolvet, minimizou os protestos violentos considerando o encontro conservador um sucesso de público.

“Apesar dos vândalos da Antifa terem bloqueado nossa parada da turnê no campus com gás lacrimogêneo, fogos de artifício e garrafas de vidro, tivemos uma CASA LOTADA no coração da reduto democrata da UC Berkeley”, escreveu no X, numa publicação acompanhada de um vídeo de uma multidão de pé, segurando cartazes com o rosto de Charlie Kirk e gritando “Charlie Kirk! Charlie Kirk!”.