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O advogado Marcelo César Cordeiro, advogado do coronel Fabrício Moreira de Bastos, alegou que a reunião de 28 de novembro de 2022 dos miitares das Forças Especiais do Exército, chamados de kids pretos, foi uma confraternização do grupo. A reunião é apontada pela acusação como ponto central de discussão de um suposto plano para articular a adesão das Forças Armadas a um suposto golpe de Estado. Marcelo fez sua sustentação oral na sessão desta terça-feira.
A reunião teria ocorrido em um salão de festas, no condomínio do coronel Márcio Nunes de Resende Júnior. Para sustentar a ideia de confraternização, o advogado relembra que esta ocorreu em uma segunda-feira à noite e alega que o local era de fácil acesso ao público, com "vidraças transparentes".
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O doutor Cordeiro também menciona as delações premiadas do tenente-coronel Mauro Cid que, de acordo com ele, repetiu por cinco vezes que a reunião foi de confraternização. Outros presentes, ainda de acordo com ele, confirmam a versão.
O Supremo Tribunal Federal julga o núcleo 3, parte de quatro ações penais que apuram suposta tentativa de golpe de Estado no Brasil. No mesmo grupo, mas no núcleo 1, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos de prisão.
Após a sustentação oral dos advogados, os ministros começam a leitura de seus votos, começando pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes. As turmas são compostas de cinco ministros, mas a Primeira Turma, atualmente, possui quatro, isso porque o ministro Luiz Fux assumiu a vaga deixada por Barroso na Segunda Turma.
Outro réu da ação, o coronel Bernardo Romão Correa Neto, já deu, em outro momento da ação, a mesma versão: "O que houve na verdade foi um encontro de amigos das Forças Especiais. Não houve organização. Esses encontros ocorrem espontaneamente quando há várias pessoas reunidas numa guarnição", disse o militar.