
Após a prisão preventiva de Jair Bolsonaro neste sábado (22) por risco de fuga, o ministro Alexandre de Moraes negou o pedido de prisão domiciliar humanitária. A defesa alega que o quadro de saúde do ex-presidente, com sequelas da facada de 2018, é incompatível com o regime fechado.
Por que a saúde de Bolsonaro voltou a ser discutida?
A discussão foi reacendida após sua prisão preventiva na manhã de sábado (22), determinada por Alexandre de Moraes diante de um suposto risco de fuga e tentativa de rompimento da tornozeleira. Em resposta, a defesa solicitou a prisão domiciliar humanitária, que foi negada. Isso colocou o estado clínico do ex-presidente como ponto central do debate sobre as condições de sua detenção.
Qual é o principal argumento da defesa?
Os advogados afirmam que Bolsonaro sofre de "doenças permanentes" e sequelas "irreversíveis" decorrentes da facada de 2018, com reflexos em diversas áreas da saúde. Eles defendem que o tratamento adequado exige monitoramento constante e a possibilidade de deslocamento rápido para atendimento especializado, algo que o regime fechado não conseguiria garantir.
Por que o quadro clínico dele é considerado tão complexo?
A complexidade se concentra no aparelho digestivo. As múltiplas cirurgias abdominais deixaram sequelas como aderências internas — uma espécie de cicatrização que pode "colar" os órgãos — e um risco permanente de oclusão intestinal, que é o bloqueio do intestino. Segundo especialistas, esses quadros podem se transformar rapidamente em emergências cirúrgicas e são difíceis de controlar fora de um ambiente hospitalar.
De que tipo de cuidado especial ele precisa?
Pacientes com esse histórico frequentemente necessitam de fisioterapia respiratória intensa e um rigoroso monitoramento nutricional e metabólico. É preciso manter um equilíbrio preciso de eletrólitos (sais minerais como sódio, potássio e magnésio) no sangue. Um pequeno desajuste pode desencadear problemas cardíacos, renais ou neurológicos graves.
Qual seria o maior risco de mantê-lo em uma prisão comum?
O principal perigo é o atraso no reconhecimento de um quadro grave. Sintomas como vômitos, diarreia ou dor abdominal, que podem parecer simples, podem indicar uma emergência em um paciente com seu histórico. No ambiente prisional, a demora na transferência para um hospital pode ter um desfecho grave. Qualquer obstrução intestinal, mesmo que tratada sem cirurgia, exige internação.
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