Bolsonaro fuga
Moraes apontou possível risco de fuga devido à aglomeração por conta de vigília convocada por Flávio Bolsonaro (Foto: Rosinei Coutinho e Ton Molina/STF)

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A ordem de prisão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na madrugada deste sábado (22), menciona uma suposta tentativa de fuga que seria facilitada por uma vigília que ocorreria em frente ao condomínio onde mora Bolsonaro.

A prisão é preventiva e não tem relação com o cumprimento da pena por tentativa de golpe. De acordo com Moraes, a vigília foi convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, pelas redes sociais. O evento estava marcado para este sábado, às 19h, no balão do Jardim Botânico, próximo ao condomínio onde mora Bolsonaro.

Segundo Moraes, a Diretoria de Inteligência da Polícia Federal identificou que a vigília teria potencial de prejudicar o cumprimento de eventuais medidas judiciais – em outras palavras, a reunião de pessoas poderia prejudicar a prisão de Bolsonaro ou facilitar uma possível fuga.

Em paralelo, o ministro do STF afirma que o Centro de Integração de Monitoração Integrado do Distrito Federal comunicou ao Supremo uma suposta tentativa de violação da tornozeleira eletrônica às 0H08 deste sábado. Para Moraes, haveria intenção de romper o equipamento para “garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho”.

O ministro sugere que Bolsonaro tentaria se refugiar na embaixada dos Estados Unidos, localizada a cerca de 13 quilômetros do condomínio de Bolsonaro, a uma distância de 15 minutos de carro.

O ex-presidente está detido em uma cela especial na sede da Polícia Federal. A audiência de custódia está agendada para este domingo (23) ao 12h. Por ora, Bolsonaro só está autorizado a receber visitas de advogados e da equipe médica que o acompanha.

Ainda neste sábado, Moraes convocou a Primeira Turma do STF para sessão virtual extraordinária na próxima segunda-feira (24), para referendar a decisão que levou à prisão preventiva de Bolsonaro. Após a saída de Luiz Fux, a Primeira Turma conta com Cristiano Zanin, Flávio Dino, Cármen Lúcia, além do próprio Moraes. Os três ministros costumam acompanhar integralmente as decisões de Moraes contra Bolsonaro e aliados.

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