Corpo de Tainara Santos é sepultado sob protestos e pedidos de justiça em São Paulo

Vítima de feminicídio morreu após 25 dias internada; familiares e amigos cobraram rigor na legislação e o fim da violência contra a mulher durante a despedida

  • Por Jovem Pan
  • 26/12/2025 14h32
GABRIEL SILVA/RASPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Corpo de Tainara Santos é sepultado sob protestos e pedidos de justiça em São Paulo Corpo de Tainara Santos é sepultado sob protestos e pedidos de justiça em São Paulo

O corpo de Tainara Souza Santos, de 31 anos, foi enterrado na tarde desta sexta-feira (26) no Cemitério São Pedro, na Zona Leste de São Paulo. A cerimônia de despedida, encerrada por volta das 12h30 sob aplausos, foi marcada por forte comoção e indignação de familiares e amigos.

Tainara faleceu na última quarta-feira (24), após lutar pela vida por 25 dias. Ela estava internada no Hospital das Clínicas, na capital paulista, desde o dia 29 de novembro, quando foi vítima de um atropelamento brutal na Marginal Tietê. Ela foi arrastada por um homem em uma cena que chocou o país. Durante o período de internação, a vítima foi submetida a cerca de cinco cirurgias de alta complexidade, mas não resistiu aos ferimentos.

O velório transformou-se em um ato por justiça. Presentes vestiam camisetas e portavam faixas e cartazes que faziam referência à Tainara e cobravam punição para casos de feminicídio. Uma coroa de flores enviada ao local trazia a mensagem: “Que nenhuma mulher seja silenciada. Que sua história seja um grito eterno por Justiça”.

Emocionadas, amigas da vítima pediram mudanças nas leis de proteção às mulheres. “Hoje foi a Tainara e amanhã, quem será?”, questionou uma das integrantes do grupo. Ingrid Rodrigues, amiga da vítima, fez um apelo por conscientização: “Vocês que têm filhos homens, eduquem o filho de vocês”.

Tainara deixa dois filhos: um menino de 12 anos e uma menina de 7 anos.

Corpo de Tainara Santos é sepultado sob protestos e pedidos de justiça em São Paulo

Corpo de Tainara Santos é sepultado sob protestos e pedidos de justiça em São Paulo

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Investigação

Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso no dia 30 de novembro, um dia após o ocorrido, e permanece detido na penitenciária. Com a confirmação do óbito, o caso, que já era grave, passou a ser investigado oficialmente pelas autoridades como feminicídio consumado.