Paulo Gustavo Gonet Branco, Procurador-Geral da República.
Paulo Gustavo Gonet Branco, Procurador-Geral da República. (Foto: Rosinei Coutinho/STF)

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Durante a leitura da acusação contra o núcleo 3, nesta terça-feira (11), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, leu mensagens trocadas entre as forças especiais do Exército, os chamados kids pretos. Durante a leitura, ele falou sobre uma reunião ocorrida entre os militares especiais, ocorrida no condomínio do coronel Márcio Nunes de Resende Júnior. De acordo com Gonet, os kids pretos queriam convencer ou coagir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a assinar um decreto instituindo um estado de exceção no Brasil.

Além disso, a acusação fala em convencimento de militares de alta patente que ainda não teriam aderido ao suposto plano de golpe de Estado.

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O núcleo 3 é composto pelos seguintes réus:

  • Coronel Bernardo Romão Corrêa Netto;
  • General da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira;
  • Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima;
  • Coronel Márcio Nunes de Resende Júnior;
  • Tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira;
  • Tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo;
  • Tenente-coronel Sérgio Cavaliere de Mereiros;
  • Tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior;
  • Agente de polícia federal Wladimir Matos Soares;

O policial Wladimir é acusado de ter se infiltrado na segurança do então candidato Lula, com o objetivo de matá-lo. O plano para matar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Lula teria sido elaborado por Hélio Ferreira Lima.

No julgamento de hoje, Moraes leu seu relatório, ainda sem opinar sobre o caso. Agora, é a vez de Gonet apresentar sua acusação. Depois disso, os advogados têm uma hora cada um para apresentar suas sustentações orais. Só aí é que começam os votos, começando pelo relator. Caso os réus sejam condenados, começa uma nova etapa: a definição da dosimetria (tempo de prisão e valor de multas).