Rodrigo Paz assume presidência da Bolívia neste sábado

Posse marca o fim de um ciclo de 20 anos de governos socialistas no contexto da pior crise econômica do país em quatro décadas

  • Por Jovem Pan
  • 08/11/2025 14h16
AIZAR RALDES / AFP O presidente eleito da Bolívia, Rodrigo Paz, acena ao chegar à Praça Murillo para sua cerimônia de posse em La Paz, em 8 de novembro de 2025. (Foto de AIZAR RALDES / AFP) O presidente eleito da Bolívia, Rodrigo Paz, acena ao chegar à Praça Murillo para sua cerimônia de posse em La Paz 

O centro-direitista Rodrigo Paz assumiu neste sábado (8) a presidência da Bolívia, o que marca o fim de um ciclo de 20 anos de governos socialistas no contexto da pior crise econômica do país em quatro décadas. O novo presidente, de 58 anos, filho do ex-presidente Jaime Paz (1989-1993), foi recebido com aplausos no palácio legislativo boliviano, no centro de La Paz, pelos deputados e delegações internacionais.

Uma chuva torrencial no coração da cidade marcou os atos oficiais. A área do Palácio do Governo e do Parlamento permaneceu sob forte proteção policial. “Deus, família e pátria: Sim, juro!”, declarou o novo presidente. O juramento foi feito pelo seu vice-presidente Edmand Lara, um ex-oficial da polícia.

Paz, após vencer as eleições de outubro com o Partido Democrata Cristão, recebe um país em grave crise econômica devido à escassez de dólares e combustíveis. O governo de Luis Arce esgotou quase todas as suas reservas cambiais para sustentar uma política de subsídios universais à gasolina e ao diesel.

A inflação anual até outubro foi de 19%, após atingir um pico de 25% em julho. Paz prometeu cortar mais da metade dos subsídios aos combustíveis e um programa de “capitalismo para todos”, que se concentra na formalização da economia, na eliminação de obstáculos burocráticos e na redução de impostos.

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Mais de 50 delegações internacionais chegaram à sede do governo da Bolívia, a 3.600 metros acima do nível do mar. Entre os principais participantes estão o vice-chanceler norte-americano Christopher Landau e os presidentes Gabriel Boric (Chile), Javier Milei (Argentina), Yamandú Orsi (Uruguai), entre outros.

*Com informações da AFP