Rússia diz que não viu garantias de segurança para Ucrânia

Na segunda-feira, o governo da Alemanha publicou uma declaração conjunta dos líderes europeus após dois dias de negociações em Berlim com o objetivo de alcançar um plano que acabe com o combate

  • Por Jovem Pan
  • 16/12/2025 09h44
Alexander Zemlianichenko/POOL/AFP Dmitri Peskov "Até o momento, vimos apenas reportagens nos jornais, mas não vamos reagir", disse Dmitri Peskov

O Kremlin afirmou, nesta terça-feira (16), que não viu as propostas europeias sobre garantias de segurança para a Ucrânia, anunciadas na segunda-feira para tentar encerrar o conflito com a Rússia. “Até o momento, vimos apenas reportagens nos jornais, mas não vamos reagir. Ainda não vimos nenhum texto. Quando recebermos, então analisaremos”, declarou à imprensa o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. Na segunda-feira, o governo da Alemanha publicou uma declaração conjunta dos líderes europeus após dois dias de negociações em Berlim entre o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e emissários americanos, com o objetivo de alcançar um plano que acabe com os combates.

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Os líderes dos principais países europeus — incluindo Alemanha, França e Reino Unido — e da União Europeia apresentaram a proposta de uma “força multinacional para a Ucrânia”, que seria “integrada por contribuições de nações voluntárias e apoiada pelos Estados Unidos”. Também propuseram apoiar de forma constante um Exército ucraniano de 800.000 homens, assim como a criação de um “mecanismo de supervisão e verificação do cessar-fogo liderado pelos Estados Unidos”.

A possível proteção que a Ucrânia obteria dos Estados Unidos e da Europa após um eventual cessar-fogo, para dissuadir uma nova ofensiva russa, é uma das questões centrais das negociações. Moscou se opõe à presença de tropas europeias ou de países membros da Otan na Ucrânia para garantir a paz.

*Com informações da AFP