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Nesta segunda-feira (10), o empresário Igor Dias Delecrode, apontado como parte importante da fraude bilionária no INSS, permaneceu em silêncio durante depoimento na CPMI. Amparado por uma decisão do STF, seu silêncio gerou revolta e acusações de que o Judiciário está blindando investigados.
Quem é o “golden boy” interrogado na comissão?
Igor Dias Delecrode, de 28 anos, é um empresário suspeito de integrar um grupo apelidado de “golden boys”. Eles são jovens que enriqueceram rapidamente no setor de crédito e tecnologia. A Polícia Federal investiga seu padrão de vida luxuoso, que inclui uma Ferrari de R$ 4 milhões já apreendida. Ele é considerado o cérebro tecnológico por trás de um esquema de descontos indevidos em aposentadorias.
Qual é a acusação contra ele?
Ele é suspeito de operar um esquema que firmou acordos com o INSS para realizar descontos automáticos nos benefícios de aposentados, muitos sem autorização. Relatórios indicam que as associações ligadas às suas empresas movimentaram R$ 1,4 bilhão. A investigação aponta que seus sistemas eram capazes de falsificar assinaturas e burlar a biometria para cadastrar milhares de vítimas em um único mês.
Por que ele permaneceu em silêncio?
Delecrode conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) um habeas corpus – uma garantia legal que permite a um investigado o direito de não responder a perguntas que possam incriminá-lo. Seu advogado argumentou que, por ele ser suspeito de organização criminosa, qualquer informação sobre suas empresas ou contatos poderia ser usada contra ele no futuro, justificando assim o uso do silêncio como um direito constitucional.
Qual foi a reação dos parlamentares na CPMI?
O silêncio gerou revolta. O presidente da comissão, Carlos Viana, e o relator, Alfredo Gaspar, fizeram duras críticas ao STF. Eles afirmaram que a decisão de garantir o silêncio "blinda" o investigado e "retira a autoridade do Parlamento". Gaspar chegou a acusar a própria CPMI de proteger outros envolvidos e criticou o que chamou de "covardia institucional" do Congresso diante do STF.
Existem conexões políticas no esquema?
Sim, há suspeitas de blindagem institucional e conexões políticas. Os acordos de cooperação técnica que permitiram os descontos indevidos foram firmados nos últimos meses do governo Bolsonaro, e as investigações apuram a proximidade do grupo com ex-ministros e possíveis doações de campanha. Parlamentares acreditam que só será possível alcançar o núcleo político do esquema por meio de delações premiadas.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.
