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A intenção de Carlos Bolsonaro de ser candidato ao Senado por Santa Catarina em 2026 provocou um racha no PL. A movimentação do vereador carioca, que busca um novo domicílio eleitoral, está gerando atritos com lideranças locais do partido e ameaça alianças políticas no estado.
Por que a candidatura está gerando conflito?
Sem espaço para disputar o Senado no Rio de Janeiro, já que seu irmão Flávio buscará a reeleição, Carlos Bolsonaro mirou em Santa Catarina, um estado com forte apoio ao bolsonarismo. A manobra, porém, é vista por políticos e empresários locais como uma "importação" de candidato, que desestabiliza articulações políticas já estabelecidas e desvaloriza os nomes da região.
Quem são os principais envolvidos na disputa?
A principal resistência vem de dentro do próprio PL. A deputada federal Caroline de Toni, que já era cotada para a vaga com forte apoio, vê seu espaço ameaçado. O conflito envolve também o governador Jorginho Mello e nomes tradicionais da direita catarinense, como o senador Esperidião Amin (PP), que busca a reeleição e tinha uma aliança encaminhada com o PL.
Como o desentendimento se tornou público?
A briga se tornou explícita nas redes sociais. A deputada estadual Ana Campagnolo defendeu publicamente a candidatura de Caroline de Toni e foi chamada de “mentirosa” por Carlos. Em seguida, o deputado federal Eduardo Bolsonaro criticou Campagnolo, enquanto o senador Jorge Seif afirmou que a candidatura de Carlos é um pedido direto de Jair Bolsonaro aos catarinenses.
O que as pesquisas e a família Bolsonaro dizem?
Uma pesquisa da Neokamp indica um empate técnico entre Carlos Bolsonaro e Caroline de Toni. O apoio, no entanto, não é unânime nem dentro da família Bolsonaro: a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro declarou que apoiará Caroline, mesmo que ela mude de partido. A deputada federal já recebeu um convite do partido Novo para lançar sua candidatura pela sigla.
Metodologia da pesquisa: levantamento feito pelo Instituto Neokemp entre 20 e 21 de outubro, com 1.008 entrevistas em 87 municípios de Santa Catarina. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
Quais são os riscos dessa briga para a direita?
A disputa pública pode rachar a base de eleitores, levar à quebra de alianças importantes — como a do PL com o Progressistas de Amin — e até prejudicar o projeto de reeleição do governador Jorginho Mello. Para analistas, a crise interna dá munição à oposição e pode passar a imagem de que o partido está sendo usado para interesses pessoais.
Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.