Intenção de voto espontânea recua, aponta pesquisa Quaest: citações a Lula caem e a maioria segue indecisa. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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A popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou pela primeira vez desde maio, aponta nova pesquisa do instituto Quaest. A queda acontece após uma série de declarações sobre segurança pública, fazendo a desaprovação do governo chegar a 50%, contra 47% de aprovação.

O que motivou essa queda na aprovação?

A principal causa foram declarações consideradas polêmicas. Primeiro, ao afirmar que traficantes são "vítimas dos usuários". Depois, ao classificar como "desastrosa" uma megaoperação policial no Rio de Janeiro que teve o apoio de 70% da população. Segundo a pesquisa, 81% dos brasileiros discordam da fala sobre traficantes e 57% discordam da crítica à operação policial.

Quais números da pesquisa mostram essa mudança?

A desaprovação do governo subiu de 49% para 50%, enquanto a aprovação caiu de 48% para 47%. Embora a mudança esteja na margem de erro de dois pontos percentuais, ela interrompe uma tendência de alta na popularidade que vinha sendo registrada desde julho. A pesquisa ouviu 2.004 pessoas entre 6 e 9 de novembro.

Qual grupo de eleitores foi mais impactado?

O impacto foi maior entre os eleitores que se declaram "independentes", ou seja, que não se identificam nem como de esquerda nem como de direita. Nesse grupo, a desaprovação de Lula saltou para 52%, abrindo uma vantagem de quase dez pontos sobre a aprovação, que ficou em 43%. Essa diferença não era vista desde agosto.

O que os especialistas dizem sobre o cenário?

Analistas apontam que as falas do presidente sobre segurança pública o distanciaram do sentimento da maior parte da população, que considera a violência o principal problema do país. Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, a pauta da segurança “interrompeu a lua de mel tardia” do governo com o eleitorado independente, que valoriza um discurso mais firme de ordem e combate ao crime.

Como isso afeta a corrida para a eleição de 2026?

O cenário para a reeleição ficou mais acirrado. Embora Lula ainda lidere as intenções de voto para o primeiro turno, a distância para os adversários diminuiu. Em uma simulação de segundo turno, ele agora aparece em empate técnico com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso significa que a diferença entre os dois está dentro da margem de erro da pesquisa.

Este conteúdo foi gerado com inteligência artificial. Para acessar a informação na íntegra e se aprofundar sobre o tema consulte a reportagem a seguir.

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