Com menos burocracia e mais agilidade, Curitiba se destaca no ambiente de negócios — na foto, a Cidade Industrial que concentra parte expressiva das empresas instaladas na capital.
Aracaju e Curitiba se destacam entre as capitais brasileiras no ambiente de negócios — na foto, o bairro Cidade Industrial de Curitiba, que concentra parte expressiva das empresas instaladas na capital paranaense. (Foto: Daniel Castellano/Prefeitura de Curitiba)

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Curitiba (PR) e Aracaju (SE) são as capitais com mais agilidade e com menos burocracia para quem quer empreender. Dados do Mapa das Empresas do governo federal, referentes ao segundo quadrimestre de 2025, mostram que as duas cidades ficam na liderança entre as capitais brasileiras com o menor tempo de abertura de novos negócios: apenas duas horas.

A marca é 90% mais rápida que a média nacional, de 21 horas, e reflete o avanço de políticas municipais voltadas à redução da burocracia e à digitalização de processos. Com menos burocracia, o número de empresas abertas na capital paranaense cresceu 33% de janeiro a setembro deste ano na comparação com mesmo período de 2024, saltando de 41.790 para 55.901 registros, segundo a Secretaria Municipal de Planejamento, Finanças e Orçamento.

“Curitiba se consolida como uma cidade amiga dos negócios, que incentiva quem gera empregos e renda”, afirma o prefeito Eduardo Pimentel (PSD). Outras capitais que se destacam na sequência da lista, com abertura de empresas em um tempo de três horas, são Recife (PE), Vitória (ES), Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

Menos burocracia impulsiona empreendedorismo

O tempo para abertura de empresas em Curitiba caiu de 81 horas, em 2019, para as atuais duas horas — uma redução de 97%. A transformação digital e a ampliação das atividades enquadradas na Lei de Liberdade Econômica foram decisivas para esse resultado, avalia a gestão municipal.

A prefeitura incluiu, em 2022, 61 novas atividades na lista de baixo risco, que contempla 606 categorias isentas de licenciamento. Entre elas estão agências de publicidade, escritórios de engenharia e arquitetura, lojas de vestuário e papelaria. Esses empreendimentos podem funcionar sem necessidade de alvará ou licenças ambientais e sanitárias, o que resulta em menos burocracia e acelera o início das operações.

De acordo com o secretário curitibano de Finanças, Vitor Puppi, “a automação total das consultas de viabilidade, a integração de sistemas e a parceria com órgãos como a Junta Comercial do Paraná e a Receita Federal são medidas que tornam o ambiente mais previsível e eficiente”.

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