Governo de SP divulga dados de monitoramento de crimes ambientais por satélite
De outubro a março, alertas resultaram em 368 vistorias presenciais, 122 autuações por embargo ou multa e 231 confirmações de situação regular
O governo de São Paulo divulgou, nesta segunda-feira (17), um balanço do Sistema da Monitoramento por Satélites (SMAS), que monitora áreas consideradas sensíveis para crimes ambientais. Segundo os dados, 65% dos municípios e órgãos estaduais que aderiram à ferramenta autuaram irregularidades em até 30 dias após receberem alertas entre outubro de 2024 e março de 2025.
Nesse período, foram emitidos alertas, que resultaram em 368 vistorias presenciais, 122 autuações por embargo ou multa e 231 confirmações de situação regular. Entre os municípios e órgãos que responderam ao levantamento, 35% iniciaram análise ou planejamento de vistoria em até 15 dias após o recebimento dos alertas, e 29,5% entre 16 e 30 dias.
De 2023 a 2024, São Paulo aparecia entre os estados com maiores números de crimes ambientais. Só no ano passado, foram 246,03% mais registros de crimes de incêndio em mata ou floresta em 2024 na comparação com o ano anterior. São Paulo é também o estado com o maior número de crimes ambientais em números absolutos: 17.501. Os dados são do relatório da Rede de Observatórios de Segurança
Os municípios que lideram o número de autuações são:
- Mogi das Cruzes;
- São Lourenço da Serra;
- São Sebastião
O que é o SMAS e como ele funciona?
O SMAS monitora atualmente 79 municípios no litoral norte e nas regiões metropolitanas da Baixada Santista, Campinas, Jundiaí e da Grande São Paulo. Os resultados serão apresentados pela primeira vez aos municípios integrantes em encontro marcado para 17 de novembro.
O Sistema da Monitoramento por Satélites foi criado em setembro de 2023 após as enchentes e deslizamentos no litoral norte. Em dois anos, acumulou cerca de 20 mil alertas emitidos, com 856 usuários cadastrados e mais de 8,7 mil acessos. A ferramenta cobre uma área de 12.544 km² nas regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e Jundiaí, além do litoral paulista. O sistema identifica quatro tipos de ocorrência:
- Desmatamento – Corte Raso: supressão total de vegetação;
Desmatamento – Abertura de Vias: remoção de vegetação para criação de acessos;
Limpeza de Terreno: remoção de vegetação remanescente em áreas já desmatadas, muitas vezes vinculada a ocupações irregulares; - Ocupação – Construções: detecção de novas edificações em áreas naturais.

