Niterói adota Lei Anti-Oruam e proíbe verba pública para shows ligados ao crime
Popular entre os jovens, rapper é filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, e já foi acusado de associação ao tráfico de drogas; ele afirma que é inocente
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), sancionou uma nova legislação que proíbe o uso de verba pública em espetáculos que façam apologia ao crime e ao uso de drogas. Conhecida como Lei Anti-Oruam, a medida foi aprovada pela Câmara Municipal e gerou um intenso debate na cidade. A polêmica se estendeu para as redes sociais, onde uma campanha foi lançada pedindo que o prefeito vetasse o projeto. No entanto, Neves optou por sancionar a lei, que foi proposta por uma vereadora do Partido Liberal (PL).
A principal intenção da lei é evitar que recursos públicos sejam utilizados para financiar shows e apresentações voltadas para crianças e adolescentes que possam, de alguma forma, promover o crime e o tráfico de drogas. A discussão sobre o projeto também foi levada à Câmara da capital, mas não obteve o mesmo avanço e acabou sendo arquivada. O nome é uma referência direta ao rapper Oruam, que possui uma grande popularidade entre os jovens, mas que frequentemente se vê envolvido em problemas com a polícia e a Justiça.
Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, é filho de Márcio Nepomuceno, conhecido como Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho. O cantor foi preso neste ano em duas ocasiões: a primeira por direção perigosa e a segunda após entrar em confronto com policiais que faziam busca e apreensão na mansão onde morava. O rapper enfrenta várias acusações, incluindo associação ao tráfico de drogas. Ele sempre negou, declarando que não é “bandido” e que pretende provar sua inocência através da música.
*Com informações de Rodrigo Viga
*Reportagem produzida com auxílio de IA

