A nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal cumpriu nove mandados de prisão e 63 de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal. A PF prendeu nesta quinta-feira (13) Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, como parte da nova fase da Operação Sem Desconto.

Stefanutto já havia sido afastado judicialmente e demitido após revelações sobre o esquema. Os crimes investigados incluem inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro.

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI do INSS, comemorou os resultados e afirmou que as prisões confirmam as denúncias feitas pela comissão. Ele destacou que o esquema nacional saqueou aposentados e pensionistas em 17 estados e prometeu que mais prisões ocorrerão.

O senador Sergio Moro também celebrou a operação, atribuindo parte do sucesso à atuação da CPMI, que teria pressionado o STF a agir. Ambos os parlamentares enfatizaram a gravidade dos crimes, que envolvem roubo de cerca de R$ 5 bilhões e manipulação de provas. A operação reforça a importância da CPMI, que segundo Viana, é a comissão que mais prendeu e investigou na história do Congresso.

Planalto tenta jogar a culpa pela fraude no INSS em Bolsonaro

Após a operação da Polícia Federal que revelou um esquema bilionário de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, o governo Lula enfrenta forte desgaste político. A percepção pública atribui maior responsabilidade à gestão atual, segundo pesquisas internas.

O caso levou à demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e abriu espaço para a CPMI no Congresso, além de atritos dentro do governo. A crise no INSS tem desgastado a imagem de Lula, enquanto o Planalto tenta reforçar que a investigação foi conduzida por órgãos independentes e tenta jogar a culpa para o governo Bolsonaro, o que segundo pesquisas não tem colado.

Ex-nora de Lula e ex-sócio de Lulinha estão na mira da PF

A Polícia Federal deflagrou a Operação Coffe Break para investigar o desvio de recursos do Ministério da Educação (MEC), com foco em contratos superfaturados de fornecimento de materiais escolares. Entre os alvos estão Carla Trindade, ex-nora do presidente Lula, e Kalil Bittar, ex-sócio de Lulinha (Fábio Luís Lula da Silva).

Carla teria sido contratada para influenciar decisões no governo, especialmente no FNDE, enquanto Kalil recebia uma “mesada” para atuar em favor da empresa investigada, a Life Tecnologia Educacional. A operação cumpriu 50 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão preventiva em SP, DF e PR. Os crimes investigados incluem corrupção, peculato, fraude em licitação e lavagem de dinheiro.

Advogados do 8/1 denunciam Soraya Thronicke à OAB

O advogado Ezequiel Sousa Silveira apresentou denúncia formal à Ouvidoria-Geral do Conselho Federal da OAB contra a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), após declarações consideradas ofensivas à advocacia durante a 40ª reunião da Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Segundo o documento, a parlamentar afirmou haver um “conluio” entre advogados que defendem réus dos atos de 8 de janeiro de 2023, sugerindo manipulação de narrativas e abandono de clientes por interesses políticos — sem apresentar provas ou identificar responsáveis.

A denúncia ressalta que as falas atingem a imagem da advocacia privada e configuram uma tentativa de criminalizar o exercício profissional. O texto também recorda que Thronicke já havia feito declarações semelhantes em 2023, durante a CPMI do 8 de Janeiro. Diante da reincidência, o advogado pede que a OAB adote medidas institucionais, incluindo representação ao Conselho de Ética do Senado e um desagravo público à classe

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