O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, defendeu o direito dos EUA de operar militarmente em seu próprio hemisfério (Foto: EFE/ José Jácome)

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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que as forças militares americanas têm todo o direito de atuar em seu próprio hemisfério para combater o tráfico de drogas.

As declarações foram feitas durante reunião de ministros das Relações Exteriores do G7, que terminou nesta quarta-feira (12) na cidade canadense de Niagara-on-the-Lake. A legalidade dos ataques dos Estados Unidos contra embarcações no Caribe não foi debatida no encontro.

"Ninguém discutiu isso comigo. Ninguém na reunião discutiu isso, não comigo. Talvez tenham discutido entre eles, mas não foi tratado em nenhuma das reuniões que tivemos, nem ontem à noite, nem hoje", declarou Rubio.

Mesmo assim, o secretário americano enviou uma dura mensagem a possíveis aliados europeus que buscam interferir na campanha militar americana. "Não creio que a União Europeia possa determinar o que é a lei internacional. Certamente não podem determinar como os Estados Unidos defendem sua segurança nacional. Os Estados Unidos estão sendo atacados por organizações criminosas terroristas em nosso hemisfério, e o presidente (Donald Trump) está respondendo em defesa do nosso país", disse.

O secretário de Estado negou ainda que o Reino Unido cortou o fluxo de informações com os Estados Unidos. “Nada mudou que possa impedir a capacidade dos Estados Unidos de agir. Continuamos a manter uma parceria muito forte com o Reino Unido", afirmou.

Rubio destacou os riscos decorrentes do narcotráfico na região, que ele descreveu como uma "indústria que inunda nosso país com heroína, cocaína e fentanil".

Ele ainda lembrou que o regime de Nicolás Maduro na Venezuela é considerado uma organização criminosa pelos Estados Unidos e o ditador chavista segue como uma figura procurada pelo sistema judiciário americano.

“Eles não têm um governo legítimo; é uma organização de narcotráfico. O principal problema é que o chefe desse regime ilegítimo foi indiciado pelo sistema judiciário dos EUA. Esta é uma operação concreta contra o narcotráfico”, destacou Rubio.

A reunião contou, além dos representantes do G7, com a chefe da diplomacia europeia, Kaja Kallas, o chanceler brasileiro Mauro Vieira e os ministros das Relações Exteriores de Ucrânia, México, Austrália, Índia, Arábia Saudita, Coreia do Sul e África do Sul.

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