Senador Magno Malta (PL-ES) pede suspensão do recesso parlamentar. (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

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O senador Magno Malta (PL-ES) protocolou nesta sexta-feira (26) um ofício no Senado Federal solicitando a suspensão do recesso parlamentar para que o Congresso Nacional apure denúncias consideradas graves envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o Banco Master.

O pedido foi encaminhado ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre, e defende a adoção imediata de medidas de fiscalização, especialmente no âmbito da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Segundo o parlamentar, a iniciativa busca garantir transparência, legalidade e preservar a confiança da sociedade nas instituições.

No documento, Magno Malta informa a existência de uma representação criminal protocolada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR), assinada por ele e pelos senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Damares Alves (Republicanos-DF). A representação aponta fatos que, em tese, podem caracterizar o crime de advocacia administrativa, relacionados à atuação do ministro Alexandre de Moraes em tratativas envolvendo o Banco Central do Brasil e interesses do Banco Master.

A instituição financeira é controlada pelo empresário Daniel Vorcaro. De acordo com o ofício, há indícios de possível conflito de interesses, uma vez que, à época dos fatos narrados, a esposa do ministro, a advogada Viviane Barci de Moraes, mantinha contrato de elevado valor com o Banco Master, com atuação junto a órgãos públicos estratégicos, inclusive sujeitos à supervisão do Banco Central.

O senador solicita que a CAE convoque autoridades e envolvidos para prestar esclarecimentos públicos. Entre os nomes citados estão o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo; a advogada Viviane Barci de Moraes; e o empresário Daniel Vorcaro, controlador e presidente do Banco Master.

Magno Malta ressalta que o pedido não representa antecipação de juízo condenatório, mas o exercício do papel constitucional do Poder Legislativo de fiscalizar atos que possam comprometer a integridade institucional. Segundo o senador, o silêncio ou a postergação do debate público pode agravar a crise de credibilidade das instituições.

Ao justificar a suspensão do recesso parlamentar, o parlamentar afirma que o caso reúne excepcionalidade suficiente para exigir resposta imediata do Congresso Nacional. O pedido agora aguarda análise da Presidência do Congresso.

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