ONU alerta para risco de fome em 16 países da África e Ásia

Relatório da Organização das Nações Unidas aponta que milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar aguda; conflitos e violência são os principais impulsionadores da crise

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2025 08h55
Eyad BABA / AFP IMAGEM PRINCIPAL - Palestinos fazem fila para receber uma refeição quente de uma cozinha beneficente no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza sitiada por Israel, em 11 de setembro de 2025, em meio a uma situação de fome declarada pela ONU após quase dois anos de guerra. (Foto de Eyad BABA / AFP) Palestinos fazem fila para receber uma refeição quente de uma cozinha beneficente no campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza

Um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) acende um alerta global sobre a fome. De acordo com o levantamento, milhões de pessoas em 16 países da África e da Ásia podem enfrentar fome ou o risco de escassez alimentar. Os dados foram compilados pelo órgão da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O documento destaca uma situação crítica de insegurança alimentar aguda, revelando que a população desses locais corre o risco iminente de se tornar vítima da fome.

Países em situação mais grave

Segundo o relatório, os países que enfrentam a situação mais crítica são:

– Haiti

– Mali

– Palestina

– Sudão

– Sudão do Sul

– Iêmen

Nessas nações, a população enfrenta um risco iminente de fome catastrófica. Além destes, outros países são considerados de “muito alta preocupação”, incluindo Afeganistão, República Democrática do Congo, Mianmar, Nigéria, Somália e Síria.

Causas e soluções

O relatório aponta que conflitos e violência são os principais motores da crise alimentar. Para o advogado Ariel de Castro Alves, membro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB, a melhoria do cenário depende de diversos fatores. “Primeiro, resolver esses problemas das guerras e dos conflitos armados em vários países do mundo, que acabam gerando as migrações, as situações de famílias de refugiados”, afirma.

Alves também ressalta a importância do controle da inflação nos países que vivem crises econômicas e sociais. Ele sugere a implementação de programas para gerar renda para as famílias, como o Bolsa Família, e iniciativas como bancos de alimentos e cozinhas comunitárias.

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Apelo por cooperação internacional

A diretora executiva do PMA, Cindy McCain, afirmou que o mundo está à beira de uma catástrofe de fome que é “completamente evitável”. Diante disso, Ariel de Castro Alves reforça a necessidade de cooperação entre todas as nações para evitar a fome mundial. Ele destaca que o Brasil, por exemplo, possui muitos recursos naturais e alimentares, e que o desperdício de alimentos, principalmente pelos setores mais ricos, agrava a situação enquanto muitas pessoas passam fome.

O relatório também alerta que o financiamento da ajuda humanitária é insuficiente. Dos US$ 29 bilhões necessários para prestar assistência às populações mais necessitadas, apenas US$ 10,5 bilhões foram recebidos, o que coloca a ajuda alimentar aos refugiados à beira do colapso.

*Com informações de Fabrizio Neitzke

*Reportagem produzida com auxílio de IA