O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou neste domingo (16) sua rejeição absoluta à existência de um Estado palestino. (Foto: EFE/EPA/ABIR SULTAN)

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reiterou neste domingo (16) sua rejeição absoluta à existência de um Estado palestino e afirmou que não precisa de “declarações, tuítes nem sermões de ninguém” a esse respeito.

“Nossa oposição a um Estado palestino em qualquer território a oeste do rio Jordão é firme, válida e inalterável”, disse Netanyahu no início da reunião semanal de ministros, segundo um vídeo divulgado por seu gabinete.

“Rejeitei essas tentativas durante décadas, tanto sob pressão externa quanto interna. Portanto, não preciso de declarações, tuítes nem sermões de ninguém”, disse o mandatário.

Desde a noite de ontem, diferentes ministros do governo de coalizão israelense se manifestaram a respeito no X, os chefes das pastas da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, e das Finanças, Bezalel Smotrich.

As declarações dos ministros foram publicadas depois que, na sexta-feira, a missão dos Estados Unidos na ONU divulgou um comunicado apoiando um projeto de resolução do Conselho de Segurança da ONU, cuja votação é esperada para esta segunda-feira e que menciona um possível caminho para a criação de um Estado palestino.

Segundo o comunicado da missão americana, o projeto de resolução respalda os entendimentos deSharm el-Sheikh e “oferece um caminho para a autodeterminação e a criação de um Estado palestino”.

O texto é assinado conjuntamente por nove Estados: Catar, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Indonésia, Paquistão, Jordânia, Turquia e EUA.

Netanyahu também insistiu que o grupo terrorista Hamas será desmilitarizado em ambos os lados da Linha Amarela — o perímetro para o qual as tropas se retiraram após o cessar-fogo mas que deixa ainda mais da metade da Faixa de Gaza sob controle militar israelense.

“A suposta ‘não desmilitarização’ da parte de Gaza controlada pelo Hamas. Isso não vai acontecer (…)”, disse Netanyahu sobre uma divisória que deveria ser temporária. “Isso será alcançado pelo bem ou pelo mal. Foi isso que eu disse, e foi isso que também disse o presidente (Donald) Trump”, acrescentou.

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